terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Os irmãos Vilela

Seu Geraldo nasceu no interior de Sergipe, em uma pequena fazenda no sul do estado. Seu Geraldo era casado com dona Maria das Does, e teve um casal de filhos: Roberto e Patrícia. Seu Geraldo colocou os filhos para estudar em uma escola rural, onde estudou até a oitava série. Depois mudaram para a cidade onde terminaram o segundo grau. Em seguida, conversaram com o pai para que o deixassem ir para a capital se preparar para o vestibular.   Seu Geraldo, não tinha muito dinheiro, relutou muito para que isso não acontecesse. Mas dona Maria intercedeu em favor dos filhos, estudaram em curso preparatório e prestaram vestibular na USP. Depois de alguns dias chegou a notícia de que os filhos tinham sido aprovados. Houve muitas comemorações, todos ficaram muito alegres, então, logo começaram os preparativos para a mudança de Sergipe para São Paulo.   Seu Geraldo estava sempre pensativo acerca da mudança para a capital paulista. Mas, não podia deixar os filhos perderem esta oportunidade de ver os filhos tornarem doutores.   O tempo passou, tudo se arrumou, e o dia da viagem chegou. Seu Geraldo vendeu dois garrotes que tinha na sua propriedade e deu o dinheiro  para os filhos: fizeram  uma oração, entregaram os filhos nas mãos de Deus. Dona Maria começou a chorar, seu Geraldo falou:
_ Já estão entregues nas mãos de Deus; sejam felizes meus filhos!   
Roberto e Patrícia entram em um ônibus na cidade e Aracaju e foram para São Paulo cheios de esperança no coração.   Chegando lá, procuraram a USP para concretizar a matrícula, depois foram procurar um lugar para morar.    
O tempo passou, e seu Geraldo sempre mandando dinheiro para a sobrevivência dos filhos. Depois de alguns anos, as notícias foram diminuindo ao ponto de seu Geraldo não ter mais notícias dos filhos.   Foram doze anos sem qualquer notícia dos filhos. Dona Maria então começou a se desesperar, e passou a pressionar o marido para ir a São Paulo procurar os filhos.  Certo dia, seu Geraldo não suportando mais a pressão e resolveu pegar um ônibus junto com dona Maria; embarcaram para são Paulo logo de madrugada.   Seu Geraldo tinha vendido os seus animais e levou o dinheiro para pagar as suas despesas.   Quando chegou na capital, ficou atordoado com tanto barulho. Mas, procurou um lugar para morar. Alugou um quarto em uma pensão para ele e dona Maria.  Seu Geraldo já procurava seus filhos a quatro anos e nada e nada de notícias. O dinheiro que levou da venda dos animais se acabou. Seu Geraldo resolveu procurar um emprego que pudesse trabalhar e ao mesmo tempo continuar a procura pelos seus filhos.   Seu Geraldo conseguiu um emprego em uma empresa que trabalhava com importação e exportação de mercadoria. Seu Geraldo trabalhava como faxineiro e fazia bico na empresa como segurança na folga do segurança oficial.   Ele trabalhou na empresa por três anos. Certo dia, ele estava no posto de segurança quando chegou um veículo com quatro assaltantes os quais deram voz de assalto, então, começou um intenso tiroteio entre seu Geraldo e os assaltantes.  No final das contas, seu Geraldo estava com um ferimento no braço esquerdo, e um dos assaltantes ferido no abdômen. Ambos foram levados para o hospital. A dona da empresa ficou sabendo do tamanho ato de heroísmo   de seu funcionário, então resolveu fazer uma visita  a seu Geraldo, o qual havia defendido a empresa da ação dos marginais. Durante todo tempo que fora funcionário, ele nunca tinha tido o prazer de conhecer a sua patroa.   Quando seu Geraldo a chefe tinha ido lhe visitar; ficou muito contente, pois ia conhece-la naquele dia. A hora da visita chegou... seu Geraldo não estava mais suportando a espera, até que a sua visitante entrou, se identificou como a dona da empresa na qual ele trabalhava. Seu Geraldo  ficou impressionado, pois não esperava que a patroa fosse uma mulher  tão nova e bonita.   Seu Geraldo agradeceu a visita, falou como tinha sido o ocorrido e como tinha escapado da morte. O papo continuou. Depois de mais de uma hora de conversa, seu Geraldo começou a desconfiar que naquela senhora houvesse algo familiar.   A pergunta surgiu: a senhora é natural de onde? _ Eu nasci em uma fazenda no interior de Sergipe. _Como é o seu nome?  _Sou a doutora Patrícia. Meus pais ainda moram em Sergipe; seu Geraldo Vilela e dona Maria vilela.   Seu Geraldo levantou a cabeça e começou a tremer como quem está sofrendo um ataque cardíaco.  Dra. Patrícia perguntou: o que está acontecendo senhor? _ eu sou o Geraldo vilela.   Dra. Patrícia começou a chorar mesmo antes de se abraçar com o pai.   
Depois de tudo esclarecido, ficou certo de que seu Geraldo era mesmo o pai de dra. Patrícia.  Seu Geraldo recebeu alta do hospital e quando voltou para a empresa, todos os  colegas ficaram assustados quando souberam que aquele faxineiro era o pai da Dra. Patrícia. O tempo passou; o assaltante também saiu do hospital, e foi cumprir pena no presídio. Chegou o dia do julgamento, seu Geraldo foi intimado a depor como testemunha.   Seu Geraldo foi ao fórum juntamente com o seu advogada, também sua esposa e sua filha.   Chegou a hora da audiência, tudo corria normalmente. O escrivão chamou o réu pelo o nome: Roberto Vilela.   Testemunha de acusação: Geraldo vilela. Seu Geraldo emudeceu e ficou trêmulo. O juiz viu que havia algo errado e suspendeu o julgamento por um pequeno período.   O juiz pediu para verificar a filiação do réu.   Pai: Geraldo Vilela.   Mãe: Maria Vilela.   Naquele momento estava tudo esclarecido. Seu Geraldo era o pai do assassino que por diferença de vinte centímetros não lhe tirou a vida.   Seus Geraldo, juntamente com sua filha, suportaram aquele momento de surpresa; mas dona Maria sofreu um enfarte e foi hospitalizada no mesmo hospital onde seu Geraldo e o filho foram tratados.  O julgamento acontece, Roberto foi condenado  a quinze anos em regime fechado.  Dona Maria vilela morreu uma semana depois do julgamento, e seu Geraldo voltou a trabalhar na empresa, agora como auxiliar da sua filha que além da promoção ganhou também uma linda casa para morar   e curtir a vida ao lado dois netos.  Roberto teve sua oportunidade, tal como Patrícia, de formar e ter uma vida respeitada. Más, achou mais fácil largar a faculdade que conquistou com o suor do seu pai, e se entregar para a vida do crime. Dra. Patrícia formou em administração de empresa e ganhou muito dinheiro no ramo de importação e exportação.   Este é o fim de três destinos que se cruzam.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O garoto que brincava com cobras

Nasceu na zona rural de Araruna em 1952 um garoto muito esperto, que foi criado naquela região, e não tinha brinquedo por ser muito pobre.   Quando chegou aos 10 anos foi para a escola pela primeira vez; pois, tinha que pastorear cabras e ovelhas do pai e não sobrava tempo para a escola.  No mato onde pastoreava os animas, sentia vontade de brincar como outras crianças da sua idade; mas como não tinha brinquedos, resolveu criar o seu meio de brincadeira. O nome deste garoto era José. Um certo dia quando José estava pastoreando as cabras do seu pai; ele encontrou uma cobra muito venenosa muito comum na região do agreste paraibano. Esta cobra era uma jararaca de aproximadamente 10 anos de idade. José começou seguir esta cobra, viu que o animal era um bom brinquedo para se divertir naquele dia tão ensolarado onde as cabras não gostavam de sair das sombras.   José fez um laço de capim barba de bode, então, começou a laçar a cobra. Esta dava bote sem sair do lugar.   José começou a ver que era muito divertido ver a cobra nervosa sem conseguir o seu objetivo. Passaram-se 2 horas quando José se lembrou de recolher as cabras. Ali ele deixou a cobra amarrada com um talo de capim e foi recolher as cabras porquê já passava da hora de leva-las para o curral.
No dia seguinte, quando José chegou para soltar a cobra, ele teve uma grande surpresa; a cobra tinha fugido. José muito decepcionado começou a pensar em criar outro brinquedo; começou a procurar outro divertimento que fosse igual ou parecido com o primeiro que tinha fugido do laço de capim.
O tempo passou, e nada da serpente aparecer. José já preocupado por não ter encontrado um brinquedo; até que encontrou outra serpente. Esta era uma cobra coral, muito venenosa, mas de pouca periculosidade.  José se divertiu muito, pois a cobra era muito ativa, e corria sempre atrás d’ele.
   Quando José já havia cansado de brincar, cavou uma cova e jogou a cobra dentro do buraco. 3 dias se passaram quando José lembrou da cobra que tinha deixado dentro do buraco. Ficou preocupado com o animal sem comer e beber este tempo todo, e foi correndo socorrer o seu animal de estimação. Chegando lá, José descobriu que a cobra mais uma vez tinha fugido. O tempo foi passando e José continuava brincando com as cobras que encontrava no seu dia a dia.
José parou de pastorear as cabras do seu pai e foi para a escola, pois já havia completado 10 anos de idade; mas continuou sem ter medo de cobra.
Aos 15 anos de idade ele encontrou uma jiboia que dormia em uma árvore. José pensou: se eu tirar o coro desta serpente, ele me dará um bom dinheiro. Neste momento veio uma ideia: vou derrubar este animal, e quando ele cair eu meto o canivete na cabeça d’ele e tiro o coro. E assim José prosseguiu com a sua ideia maluca.
José balançou a árvore, e quando a cobra caiu ele  deu uma paulada na cabeça da cobra  que ficou desacordada. O que José não esperava é que a cobra estivesse viva. José começou tirar o coro da cobra e esta embrabeceu e tentou fugir. Ele amarrou a cobra em uma estaca com um pedaço de arame e terminou o serviço que havia começado. Depois que terminou de tirar o coro do animal, ele esticou o mesmo em duas grandes tábuas que lá existia para que este secasse. Enquanto isso a cobra sem o coro dançava uma valsa no meio do tempo. O coro do animal foi vendido por pouco dinheiro para o correio.