sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O garoto que brincava com cobras

Nasceu na zona rural de Araruna em 1952 um garoto muito esperto, que foi criado naquela região, e não tinha brinquedo por ser muito pobre.   Quando chegou aos 10 anos foi para a escola pela primeira vez; pois, tinha que pastorear cabras e ovelhas do pai e não sobrava tempo para a escola.  No mato onde pastoreava os animas, sentia vontade de brincar como outras crianças da sua idade; mas como não tinha brinquedos, resolveu criar o seu meio de brincadeira. O nome deste garoto era José. Um certo dia quando José estava pastoreando as cabras do seu pai; ele encontrou uma cobra muito venenosa muito comum na região do agreste paraibano. Esta cobra era uma jararaca de aproximadamente 10 anos de idade. José começou seguir esta cobra, viu que o animal era um bom brinquedo para se divertir naquele dia tão ensolarado onde as cabras não gostavam de sair das sombras.   José fez um laço de capim barba de bode, então, começou a laçar a cobra. Esta dava bote sem sair do lugar.   José começou a ver que era muito divertido ver a cobra nervosa sem conseguir o seu objetivo. Passaram-se 2 horas quando José se lembrou de recolher as cabras. Ali ele deixou a cobra amarrada com um talo de capim e foi recolher as cabras porquê já passava da hora de leva-las para o curral.
No dia seguinte, quando José chegou para soltar a cobra, ele teve uma grande surpresa; a cobra tinha fugido. José muito decepcionado começou a pensar em criar outro brinquedo; começou a procurar outro divertimento que fosse igual ou parecido com o primeiro que tinha fugido do laço de capim.
O tempo passou, e nada da serpente aparecer. José já preocupado por não ter encontrado um brinquedo; até que encontrou outra serpente. Esta era uma cobra coral, muito venenosa, mas de pouca periculosidade.  José se divertiu muito, pois a cobra era muito ativa, e corria sempre atrás d’ele.
   Quando José já havia cansado de brincar, cavou uma cova e jogou a cobra dentro do buraco. 3 dias se passaram quando José lembrou da cobra que tinha deixado dentro do buraco. Ficou preocupado com o animal sem comer e beber este tempo todo, e foi correndo socorrer o seu animal de estimação. Chegando lá, José descobriu que a cobra mais uma vez tinha fugido. O tempo foi passando e José continuava brincando com as cobras que encontrava no seu dia a dia.
José parou de pastorear as cabras do seu pai e foi para a escola, pois já havia completado 10 anos de idade; mas continuou sem ter medo de cobra.
Aos 15 anos de idade ele encontrou uma jiboia que dormia em uma árvore. José pensou: se eu tirar o coro desta serpente, ele me dará um bom dinheiro. Neste momento veio uma ideia: vou derrubar este animal, e quando ele cair eu meto o canivete na cabeça d’ele e tiro o coro. E assim José prosseguiu com a sua ideia maluca.
José balançou a árvore, e quando a cobra caiu ele  deu uma paulada na cabeça da cobra  que ficou desacordada. O que José não esperava é que a cobra estivesse viva. José começou tirar o coro da cobra e esta embrabeceu e tentou fugir. Ele amarrou a cobra em uma estaca com um pedaço de arame e terminou o serviço que havia começado. Depois que terminou de tirar o coro do animal, ele esticou o mesmo em duas grandes tábuas que lá existia para que este secasse. Enquanto isso a cobra sem o coro dançava uma valsa no meio do tempo. O coro do animal foi vendido por pouco dinheiro para o correio. 
   

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