quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Verdades sobre natal

Há muitos anos atrás não se conhecia Papai Noel, mas uma empresa de refrigerantes começou a fazer propaganda de seus produtos vinculada a um mito da região fria: um senhor simpático muito bonzinho que dava de presente um refrigerante em uma embalagem bonita, este foi batizado de com o nome de Papai Noel originado da patagônia. A partir desta data, foi vinculado também ao natal, pois,  muitas  pessoas  não sabem  que  o principal  espirito do natal é o  nascimento de Jesus.  Infelizmente natal de virou troca de presentes. Bebidas e festas... Mas, o principal espirito do natal é o nascimento de Jesus.
Em que dia Jesus nasceu? Para muitos, 25 de dezembro. Para mim: o dia em que eu reconheci como o meu salvador.
Infelizmente poucos lembram que Jesus nasceu para nos salvar, morreu pendurado em uma cruz sofrendo dores terríveis por amor ao pecador como eu e você. Mas, a maioria das pessoas só lembram apenas de festas bebidas, presentes e glutonarias. Esquecem o verdadeiro sentido do natal...
Porque deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque deus enviou o seu filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito filho de deus.
João 3:16-18
Que Deus tenha misericórdia de todos.

Historias do Nordeste: a cobra e o relógio

Em 1937 aconteceu um fato em uma cidade do interior da Paraíba que me chamou muita atenção. Um senhor caçador que passava o seu tempo caçando preá e rolinha. Certo dia, quando este descansava debaixo de uma catingueira, ele descobriu que tinha perdido o relógio de bolso que seu pai tinha trazido de Portugal e lhe presenteou no dia de natal. Como era uma joia de grande estimação, o caçador ficou muito chateado e resolveu procurar até encontrar o relógio. Todo esforço foi em vão, pois, a noite chegou e o caçador não achou o relógio. Triste e contrariado, porque não tinha encontrado o relógio, o caçador foi embora, visto que a noite chegava... O tempo passou.... Dez anos mais tarde, o caçador caçava novamente no mesmo lugar, sentou em uma pedra que ficava próxima ao lugar que ele havia perdido o relógio; olhando em um caminho que parecia ser de formigas cabeçudas ele teve uma grande surpresa, o relógio estava lá, preso ao chão. Mas, para  sua surpresa, o  relógio ainda trabalhava, marcava naquele momento uma hora e quinze minutos. A alegria não foi maior que a surpresa de ver o seu relógio trabalhando normalmente depois de dez anos. 
O questionamento veio em sua mente, ele começou a pensar, como poderia aquele relógio de cordas ainda funcionar após tantos anos? Passaram-se três horas com o raciocínio a mais de mil por hora até chegar o grande momento que ele esperava. O caminho que antes pensava ser de formiga cabeçuda ele descobriu que se tratava do caminho de uma cobra jiboia que morava no oco de uma arvore antiga a mais de cem anos. O caçador descobriu que a cobra  tinha aproximadamente trinta anos de idade e media quase oito metros de tamanho, cada vez que passava conseguia dar corda no relógio que garantia ao relógio uma autonomia para trabalhar vinte e quatro horas. Se alguém duvidar da minha história, mando chamar o caçador lá do além para provar

O campeonato de Várzea de 1966 na Paraíba

Aos 16 dias do mês de fevereiro de 1966, começou o campeonato de Várzea do município de Araruna, uma pequena cidade do interior da Paraíba.  Os times que se inscreveram para esta competição foram 16 ao todo; entre eles estava Piancó Esporte Club, Maniçoba Futebol Clube, Balanços e Pelada da Possina Futebol Clube. O campeonato começou juntamente com as brigas de torcidas. Todo dia, quando os jogos começavam, as brigas de torcidas também começavam. Os times iam sendo   eliminados,  as torcidas ficavam mais agressivas.    No dia que jogou Pelada da Possina contra Balanços, foi quando houve o maior quebra-pau.   Depois do jogo quando tudo parecia ter acalmado, os jogadores foram beber em um bar que ficava nas margens da rodovia que fazia a ligação de Araruna para Tacima. Quando já estavam todos embriagados, Pouca Sombra, atacante do Balanços, acusou Geraldo Grande de ter dado entrada dura para impedir o goll; Geraldo se defendeu dizendo que tinha feito o papel dele de impedir o gol. A discussão prosseguiu, depois de 15 minutos, os colegas atiçavam para ver a briga, Geraldo Grande bateu em Pouca Sombra, que era  de pequena estatura; Pouca Sombra sacou uma faca e atacou Geraldo com duas facadas no peito, este caiu por cima de uma mesa onde deu seu último suspiro.  Geraldo Grande morreu deixando três filhos e um mulher que não tinha recurso para criar as crianças. Foi muito lamentável este acontecimento envolvendo dois pais de família que a três horas antes eram amigos.  
O campeonato prosseguiu no domingo seguinte; quando aconteceu um dos maiores absurdos dentro do futebol: neste dia jogou Maniçoba futebol clube contra Piancó esporte clube. Passaram-se 50 minutos de jogo. Terminou o primeiro tempo e Piancó ganhava do Maniçoba por 31 a 0.   No vestiário começou a discursão com o treinador para saber o que fazer para reverter o placar. Veio a primeira sugestão, tirar as chuteiras, pois os jogadores não tinham costume de jogar calçado: segunda sugestão; tirar as camisas, pois, os jogadores sempre jogavam sem uniformes, não estvam acostumados a sentir o suor pesando nas camisetas.   Tudo combinado, faltava convencer o juiz de aceitar aquelas mudanças.  Quando entraram em campo, o juiz protestou; não aceito!  O treinador encostou uma faca na costela esquerda do juiz e disse; seu juiz os jogadores vão jogar sem camisa e sem chuteira; o senhor concorda ou não? O juiz coçou a cabeça, pensou... Lembrou do que tinha acontecido no domingo passado, e decidiu  autorizar o jogo; mesmo sem camisa e sem  as  chuteiras.   Retomaram a partida, os jogadores do Maniçoba começaram fazendo um gol  a cada minuto. Aos cinquenta minutos do segundo tempo, os jogadores do Maniçoba já haviam feito 33 gols, sem contar outros três gols que foram  anulados.
Final do placar: 33 Maniçoba futebol clube a  31 para Piancó esporte clube

NAZARENO M BORGES

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A parte ruim do Nordeste e suas fragilidades





Há muitos anos passados se conhecia  um nordestino por seu jeito  de pessoa  sofrida. Na cidade de Coité, interior paraibano, vivia uma família muito pobreque se sustentava da venda de dias trabalhos.
Esta família era formada por Antônio dias da  Silva, sua esposa  Carolina Dias, e um casal de filhos: Juscelino e Luzia.
Houve um ano de muita seca naquela região que obrigou o senhor  Antônio deixar a família e viajar para São Paulo, a fim de procurar trabalho para que sua família não passasse necessidade.
Já em São Paulo, seu Antônio logo conseguiu um trabalho como faxineiro em uma grande empresa, onde ele recebia  o seu salário no final  do  mês que usava para comprar comida e mandar para seus filhos.
Passaram nove anos até que seu Antônio parou de dar notícias, pois encontrou outra companheira que fez com que ele se esquecesse da dona Carolina, naquela  ocasião seu Antônio já  estava totalmente esquecido da sua família, pois Maria das Dores sua  amante já tinha tomado o espaço de dona Carolina. O tempo se passou, não havia notícia do seu Antônio e a saudade foi aumentando juntamente com a falta de roupa, calçado e comida. Agora dona Carolina começa a pensar dias e noites, os filhos já são adolescentes e precisam de roupas, calçados e escola. Certo dia! Dona Carolina chama o casal de filhos e começa a dizer; filhos vocês estão vendo que nós não temos mais recurso nenhum: vamos vender as galinhas, os porcos, o jumento e as cabras, vamos juntar todo o dinheiro e vamos a São Paulo procurar seu pai que nos esqueceu aqui neste cafundó. Juscelino já tinha 16 anos e Luiza 14 anos. Apareceu um fazendeiro da região que com pouco dinheiro comprou tudo que dona Carolina possuía.
No dia seguinte ela com seu casal de filho pegou um ônibus em Coité que á  levou até Campina Grande, o dinheiro que ela tinha só deva   para  comprar as passagens dela e os seus filhos até são Paulo. Três dias de viagem chegaram a São Paulo e desembarcaram na Estação da Luz... Não conheciam ninguém, todos que ela olhava não era  o seu marido, passou a primeira  noite a segunda e dona Carolina não suportava  mais a fome o frio e a reclamação dos filhos, então dona  Carolina   agora segue outra trilha, chama os filhos e fala:
Filhos nós já estamos vendo que não vamos encontrar seu pai nesta  enorme cidade. O que vamos fazer? Vamos pedir ajuda, caso contrario nós vamos morrer de  fome aqui neste mundaréu de gente que  nunca vi na minha vida.
Como pedir ajuda? Pergunta Juscelino. Nós não conhecemos ninguém!
Dona Carolina responde: vocês vão ficar aqui junto de mim e eu vou ficar de olho; quando passar uma pessoa simpática eu chego perto dele peço  para pagar um almoço para nós. As horas passaram e a fome foi apertando; dona Luiza começou a chorar pedindo socorro que estava quase a morrer de fome. Apareceu uma senhora  muito simpática perguntou porque aquele choro naquele lugar?    Dona Carolina contou toda a história desde o dia que seu Antônio partiu até aquele dia que ali estavam. Esta senhora era dona Carmem, funcionaria  do  fórum de Barra Funda. Quando se interessou pela situação providenciou comida, roupa e abrigo para a família. Uma semana depois, dona Carmem conseguiu uma casa de família para dona Carolina trabalhar como doméstica.
Passaram-se dois anos e dona Carolina foi posta na rua, porque a família de onde trabalhava não aceitava seus dois filhos. Dona Carolina alugou um barraco de dois cômodos para morar com seus dois filhos na periferia. Todos os dias saia cedo para trabalhar, sempre deixava seu casal de filhos em casa. Enquanto dona Carolina saia para o trabalho,  os filhos aprenderam a sair  para fazer  coisas que não deviam, a mãe não sabia o que os filhos  faziam na sua ausência. Certo dia, um passageiro na estação da luz puxa  uma arma e atira em um ladrão que tentava roubar a sua carteira. Perante  muitos olhares curiosos apareceu dona Carolina, ela olhou o corpo sem vida no chão, reconheceu que aquele jovem morto era seu filho Juscelino. A dor da dona  Carolina foi tão grande que ela se debruçou por cima do cadáver enquanto chorava. Logo veio a  notícia, o assassino  tinha sido preso.  Surpresa, dona Carolina encarou o assassino e reconheceu que era seu esposo que a tanto tempo não se viam.   
Que esta historia sirva de lição para todos os pais, que possam  procurar criar e educar os filhos dentro do seu lar, recebendo os ensinamentos  vindos de Deus, tal como aponta o livro de Provérbios 22;5:  “Nas trilhas dos perversos existem espinhos e ciladas; quem deseja proteger a própria vida deve afastar-se deles. Ensina a criança no caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele!”

Nazareno  M. Borges