quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Historias do Nordeste: a cobra e o relógio

Em 1937 aconteceu um fato em uma cidade do interior da Paraíba que me chamou muita atenção. Um senhor caçador que passava o seu tempo caçando preá e rolinha. Certo dia, quando este descansava debaixo de uma catingueira, ele descobriu que tinha perdido o relógio de bolso que seu pai tinha trazido de Portugal e lhe presenteou no dia de natal. Como era uma joia de grande estimação, o caçador ficou muito chateado e resolveu procurar até encontrar o relógio. Todo esforço foi em vão, pois, a noite chegou e o caçador não achou o relógio. Triste e contrariado, porque não tinha encontrado o relógio, o caçador foi embora, visto que a noite chegava... O tempo passou.... Dez anos mais tarde, o caçador caçava novamente no mesmo lugar, sentou em uma pedra que ficava próxima ao lugar que ele havia perdido o relógio; olhando em um caminho que parecia ser de formigas cabeçudas ele teve uma grande surpresa, o relógio estava lá, preso ao chão. Mas, para  sua surpresa, o  relógio ainda trabalhava, marcava naquele momento uma hora e quinze minutos. A alegria não foi maior que a surpresa de ver o seu relógio trabalhando normalmente depois de dez anos. 
O questionamento veio em sua mente, ele começou a pensar, como poderia aquele relógio de cordas ainda funcionar após tantos anos? Passaram-se três horas com o raciocínio a mais de mil por hora até chegar o grande momento que ele esperava. O caminho que antes pensava ser de formiga cabeçuda ele descobriu que se tratava do caminho de uma cobra jiboia que morava no oco de uma arvore antiga a mais de cem anos. O caçador descobriu que a cobra  tinha aproximadamente trinta anos de idade e media quase oito metros de tamanho, cada vez que passava conseguia dar corda no relógio que garantia ao relógio uma autonomia para trabalhar vinte e quatro horas. Se alguém duvidar da minha história, mando chamar o caçador lá do além para provar

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